O que esperar-se da vida, se todos os motivos que me mantém viva afastaram-se do ser que sou?
A seca de sentimentos evazada na pele, perdeu-se a harmonia de querer-me permanecer nesse mundo.Dos olhos desfalecendo-se do calvário das desiluções. No amor, não acredito mais. Essa é minha blasfêmia.Afoguei memórias.
Amanhã posso esquecer-em de todo o passado. O nosso passado. A dor incurável de que não consiguirei guardar lembranças e fotografias feitas pelo cérebro.
Partirei de nós, e permancerei vazia.Nossos momentos. Instantes o quais nunca recordarei deles. Esquecer quem sou e com quem estive meus últimos dias. Inacreditável, mas não impossível. Eu nunca quis assim. A vida é quem quer.
Ainda que você não queira; preciso ir. Se não for assim... Ainda assim partirei. Não pense que está sendo fácil escrever tudo isso. Porque não não está. Essas querendo ou não, são as peças que a vida encarregou-se de pregá-las em mim.
Imaginei não ser capaz. E sinceramente não sou. Ainda amo você como se fosse a primeira vez.
Um turbilhão de emoções, as quais pareciam nascidas naquele momento. Porém percebo que já havia sentido o mesmo antes. Mas não me recordo.
E assim todo o amanhecer é pra mim...
Um recomeço.