junho 01, 2011

O medo do Amor

Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Martha Medeiros

maio 18, 2011

Sempre a primeira vez

     O que esperar-se da vida, se todos os motivos que me mantém viva afastaram-se do ser que sou?
    A seca de sentimentos evazada na pele, perdeu-se a harmonia de querer-me permanecer nesse mundo.Dos olhos desfalecendo-se do calvário das desiluções. No amor, não acredito mais. Essa é minha blasfêmia.Afoguei memórias.
    Amanhã posso esquecer-em de todo o passado. O nosso passado. A dor incurável de que não consiguirei guardar lembranças  e fotografias feitas pelo cérebro.
    Partirei de nós, e permancerei vazia.Nossos momentos. Instantes o quais nunca recordarei deles. Esquecer quem sou e com quem estive meus últimos dias. Inacreditável, mas não impossível. Eu nunca quis assim.  A vida é quem quer.
   Ainda que você não queira; preciso ir. Se  não for assim... Ainda assim partirei. Não pense que está sendo fácil escrever tudo isso. Porque não não está. Essas querendo ou não, são as peças que a vida encarregou-se de pregá-las em mim.
Imaginei não ser capaz. E sinceramente não sou. Ainda amo você como se fosse a primeira vez.
    Um turbilhão de emoções, as quais pareciam nascidas naquele momento.   Porém  percebo que já havia sentido o mesmo antes. Mas não me recordo.
     E assim todo o amanhecer é pra mim...
     Um recomeço.

maio 12, 2011

Amor é algo que se sente

Amor é algo que se sente
Amor é algo que se sente independente da vontade de alguém e é um sentimento muito pessoal é como uma impressão digital por isso não existirão nunca dois amores iguais.

Amor não é para ser entendido nem correspondido;
Amor é para ser vivido compartilhado.
Nunca cobrado,
Sempre oferecido.

Ao mesmo tempo em que se parece com um pássaro arredio e desconfiado,
porque parece nos abandonar as vezes sem que nos tenhamos dado conta.

Amor é muito confundido,
às vezes por não conhecermos a fundo o nome de outros sentimentos
confundimos muito do que sentimos com amor ou com a falta dele.

Mas é impossível.
Sem ele não há vida,
não haveria sorrisos,
nem tantas outras coisas que julgamos boas,
mas que só existem por causa da existência do Amor.

Autor desconhecido


Amor à distância

Um amor que chega sem ser esperado,
que não pede permissão para entrar,
mas que invade o corpo inteiro,
como se dono fosse do meu ser.
Um amor que vi aos poucos
dentro de mim crescer!
Um amor que a distância não impediu
de aflorar na minha existência tão sem graça,
que me trouxe a alegria de estar vivo,
que despertou a emoção adormecida!
Quando descobri que estavas em minha vida.
Ah! Esse amor que chega a doer de tanta saudade,
que anseia em seus braços um dia ser aconchegado,
que sonha com seu rosto um dia acariciar,
em teu corpo os delírios do prazer sentir.
E o seu coração com o meu amor seduzir!
Ah! Esse amor... Esse amor...
Que deixa meu corpo em brasas.
quando em sonho muitas vezes acordado,
sinto o seu corpo sob o meu,
e assim por ti estar sendo amado.
O que seria a de mim se não sonhasse!
Talvez perdesse a esperança...
Mas eu sonho, e tenho esperança
que um dia em nossas vidas vou lhe encontrar,
com meu carinho e meu amor poder dizer
que e eu nasci para lhe amar
e ser amado por você!


Paulo Fuentes


maio 03, 2011

Último adeus

Andei precisando de alguém. Você apareceu. Estávamos na hora certa e no lugar certo.Foi tudo tão perfeito...
Tentei aproveitar  todos os segundos que passamos juntos. Eu já sabia mesmo que eles seriam os último, porém os mais bonitos de toda minha existência.
Amava  você, e diria que ainda amo. Amo como sempre amei. E como sempre amarei. Seu abraço, o meu calor. Teu beijo, que me fazia acreditar no quanto é possível um amor puro e sobretudo sincero...
Precisei de você todos os dias, e  você sempre ausente.Você marcou para sempre minhas lembranças. O sorriso das fotografias de nós dois, as cartas que te enviava...Tudo era p'ra você. Tudo é você.
Te fiz chorar muitas vezes. Eu sei. Entendo perfeitamente quando me disse que precisava seguir em frente. Você partiu. Meus braços ainda espera incansávelmente para afagar você. Mais um dia.
E você nunca mais voltou....

abril 29, 2011

Por sua falta

Por que você não volta?
Por favor volte correndo
meus sentimentos por sua falta
aos poucos vão morrendo.
A solidão me tortura
nesse mundo horrendo
dessa infelicidade
ainda estou vivendo.
Os meus olhos andaram sangrando
minha boca sempre calada,
morro de saudades suas
na escura e fria madrugada.
Por efeito da sua ausência
meus  sentidos estão torduados
vivendo de lembranças e dos velhos retratos.
Rasguei todas as páginas
da minha ilusão.
Escrevi memórias suas
em troca do teu perdão.


ShayeneB. Alves